Estava no ensino médio e estudava muito para o vestibular, a cobrança era muito grande para que eu fosse bem sucedida, inclusive de mim mesma, comecei a sentir dores no estômago.
Em 2005 fiz uma endoscopia que diagnosticou pangastrite e duodenite, não tomei os remédios indicados pelo Gastroenterologista e as dores passaram sozinhas, mas por um tempo determinado.
Voltei a sentir dores, e em 2006, fiz outra endoscopia que não deu nada significativo e o diagnóstico foi gastrite nervosa. Estranhei, mas aceitei, e o médico me passou outros remédios que resolvi tomar dessa vez.
Já estava na faculdade quando as dores foram piorando, tinha muitas cólicas, de deitar no chão de dor, a dor era tão forte que me fazia vomitar (assim pensava eu). Comecei a tomar nojo de comida, pois era só comer que lá vinha a "bendita" dor, e pouco tempo depois o vômito. Parecia uma sequência ensaiada: comida - dor - vômito.
Como nada mais parava no meu estômago, comecei a emagrecer, e dos meus rotineiros 57kg, parei nos 50kg.
Por uns 4 meses seguidos tinha uma rotina de passar 1, 2 dias no Pronto Atendimento, tomando medicamento intravenoso para aliviar a dor. Pois nenhum remédio via oral conseguia. Ninguém me dizia o que eu tinha, enquanto isso estava perdendo provas na faculdade, faltando às aulas, afastando dos amigos, difícil.
No hospital os diagnósticos eram vários: gases, nervosismo, inclusive que era tudo psicológico, porque segundo um dos médicos foi só meu namorado chegar no hospital eu tinha ficado boa. (Fala sério né?)
Numa das internações além desses sintomas veio também a diarréia, ia várias vezes ao banheiro, além de vomitar e sentir dor.
Resolveram chamar um proctologista, foi me examinar, e eu morri de vergonha, nunca nem tinha ouvido falar dessa especialidade médica. Quando ele me disse o que teria que fazer quase chorei, fiquei super sem graça e ainda com medo de que enquanto ele estivesse me examinando algum acidente acontecesse.
Tudo correu bem na medida do possível, e ele disse que me encaminharia para uma coloproctologista muito boa para investigar melhor o que eu tinha. Me deu remédios, me deu alta e pediu que marcasse uma consulta com ela urgente.
Fiquei preocupada porque ela não atendia meu plano de saúde, e meu pai teria que pagar a consulta que era bem cara, mas resolvemos arriscar.
Foi então que conheci um dos tantos anjos que passaram pela minha vida, o nome dela é Áurea de Cássia.